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VOCÊ SABIA...?

A imensa força dos Terremotos!

  • Por Rafael Amaral Cataldo
  • 1 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

Imagine um evento na natureza que libere uma energia equivalente a 3 mil bombas atômicas lançadas em Hiroshima, Japão. Incrível, não?


Bem, esta é a estimativa da força de um terremoto de magnitude 8.8 (escala Richter) que atingiu o mar chileno no ano de 2010. O mesmo ano registrou uma catástrofe poucas vezes presenciada por uma nação. De acordo com o Serviço Geológico Americano (USGS), a pequena ilha do Haiti presenciou um terremoto de magnitude 8.3, mas com consequências gravíssimas, que culminou na morte de cerca de 316 mil pessoas, 300 mil feridos e desabrigou 1.3 milhão de pessoas. Este fato histórico ficou marcado na memória dos brasileiros devido a ajuda fornecida pelas forças armadas brasileiras, presentes no país desde 2004, visando acordos de paz.


Temidos por sua grande força de destruição, os terremotos representam uma das forças mais letais da natureza, sendo responsáveis por episódios como estes ao longo da história da humanidade.


O mais fatal de todos os terremotos de que se tem notícia ocorreu, provavelmente, no ano de 1556 em Shansi, China. Estima-se que cerca de 830 mil pessoas morreram devido a este evento (fonte Earthquakes - Bruce A. Bolt, W.H. Freeman & Co, 2004).


Sabe-se que os terremotos ocorrem, geralmente (não exclusivamente), nos limites das placas tectônicas, sendo muito comuns na região denominada “Cinturão de Fogo” em torno do oceano Pacífico (figura abaixo).


Crédito da foto: National Geographic. Os círculos representam todos os terremotos registrados desde 1900. Das cores claras as mais escuras os terremotos variam de 5 - 9.5 na escala Richter.


Mas como, de fato, os terremotos ocorrem?


Bem, de forma simplificada, imagine dois blocos rochosos separados por uma superfície/plano. Difícil de imaginar? Veja a figura abaixo.


As flechas representam os três principais tipos de movimentos de falhas geológicas (superfície de fratura de rochas em que ocorre/ocorreu deslocamento relativo entre dois blocos) que causam terremotos e as tensões que os causam: distensional (A), compressional (B) e cisalhamento (C) (imagine você rasgando uma folha de papel). A letra “D” representa possíveis combinações entra as tensões anteriores.


Com o passar dos anos, décadas, séculos, milênios, a tensão se acumula nas rochas, todavia, estas possuem uma resistência contrária à atuação destas forças. Em algum momento, o acúmulo das tensões será mais forte do que a resistência das rochas e ocorre um deslocamento entre os blocos rochosos. E adivinha o que acontece? Se você respondeu TERREMOTO, acertou em cheio!


Obviamente que o processo é mais complexo do que esta breve explanação, mas em linhas gerais, é isto o que ocorre. De maneira análoga, imagine você aplicando uma força para quebrar um pedaço de isopor ou de madeira. Vai chegar um momento em que a sua força vai ser maior do que a resistência do material que se quebrará!


No momento em que há esta quebra, ocorre a liberação de energia que se converte, principalmente, em calor e em ondas sísmicas que se propagam causando perturbação junto ao meio ao qual percorre (no caso, as rochas). Lembra daquela pedrinha que você joga no lago de vez em quando? A propagação de ondas é parecida com isso.


E, por acaso, podemos ver o resultado deste processo na natureza? A figura abaixo responde claramente a esta questão. Note que é fácil visualizar o movimento relativo entre as camadas claras e escuras nesta rocha.


Crédito da foto: Mehdi Jahangiri.


É claro que existem tremores registrados em diferentes escalas desde aqueles não sentidos por nós até aqueles citados nesta matéria.


Infelizmente, ainda não é possível predizer de forma precisa quando um terremoto irá ocorrer. Entretanto, é possível atenuar os efeitos causados pelos grandes tremores e um exemplo disto são os esforços notórios do povo japonês junto a construções civis, que começaram na década de 70, após inúmeros desastres ocorridos naquele país.


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Nossa intenção é difundir as Ciências Naturais, que muitas vezes são ausentes ou deixadas em um plano secundário nas grades escolares.


Até a próxima!

Texto revisado por Flávia Callefo

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© 2016 por Rafael Amaral Cataldo

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