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VOCÊ SABIA...?

Extinções em massa - parte 1

  • Rafael Amaral Cataldo
  • 6 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Ao longo da história do nosso planeta Terra, cientistas descobriram registros que indicam pelo menos cinco grandes episódios de extinção em massa. Mas o que significa isto?

A partir de hoje apresentaremos matérias referentes aos eventos mais catastróficos que os seres vivos do planeta Terra enfrentaram até os dias atuais. Então, vamos lá?

Extinções em massa são períodos na história da Terra em que quantidades inimagináveis de espécies perecem em um curto período de tempo geológico (lembre-se que a Terra possui ± 4.5 bilhões de anos).

A primeira grande extinção ocorreu na transição entre os períodos Ordoviciano-Siluriano (no éon Fanerozóico a ± 443 milhões de anos atrás) e é tido como a segunda maior extinção da história. Neste período, majoritariamente, as espécies encontravam-se nos oceanos e a maior parte sucumbiu a dois eventos catastróficos separados por centenas de milhares de anos (algumas fontes apontam uma diferença de 1 milhão de anos). Estimativas baseadas em estudos nos registros fósseis das rochas deste período indicam a extinção de cerca de 60% de todas as espécies presentes no planeta na época. As espécies da época incluíam braquiópodes, graptólitos, corais, algas vermelhas e verdes, trilobitas (figura abaixo), entre outros.

Figura 1: Trilobita encontrado no Parque Nacional “Lenskiye Stolbi”, na Rússia. Crédito da foto: http://www.paleoart.com/static/russian_cambrian_trilobites/Russian_cambrian_trilobite-Yacutus-1.htm


Existem, atualmente, duas hipóteses que tentam explicar este fato. A primeira aponta para uma forte glaciação ocorrida devido ao movimento do supercontinente Gondwana, em direção a região polar sul da Terra (figura 2).

Figura 2: Glaciação no fim do Ordoviciano no supercontinente Gondwana. Crédito da foto: http://samnoblemuseum.ou.edu/understanding-extinction/mass-extinctions/end-ordovician-extinction/


Com a glaciação e consequente queda na temperatura e formação de glaciares houve uma queda do nível do mar, eliminando habitats junto as plataformas continentais de diversos animais marinhos. A segunda hipótese, apoiada por pesquisadores da NASA e da Universidade de Kansas, aponta que a explosão de uma supernova poderia ter sido o gatilho para este evento (figura 3).

Figura 3: Conceito de raios gama atingindo a atmosfera terrestre (os raios estão na cor azul, mas isto é a título de visualização, pois os mesmos são invisíveis). Os raios gama teriam iniciado mudanças na atmosfera destruindo a camada de ozôniom, parcialmente, e criando uma fumaça de NO2 (óxido nítrico). Crédito da foto: http://www.nasa.gov/vision/universe/starsgalaxies/gammaray_extinction.html

Os pesquisadores calcularam que a explosão pode ter causado uma forte onda de raios gama que destruíram cerca de metade da camada de ozônio. Assim, a radiação ultra-violeta, proveniente do Sol, poderia ter eliminado grande parte da vida na superfície terrestre e próxima a superfície dos oceanos e lagos. Isto teria causado uma perturbação na cadeia alimentar que atingiria outras espécies. O Dr. Adrian Melott afirma que cerca de 10 segundos de exposição aos raios da explosão da supernova poderia causar danos a camada de ozônio que levariam anos para se restaurar. Este evento teria sido seguido por chuvas ácidas e um possível episódio de glaciação, o que teria tornado as condições ainda mais adversas a adaptação das espécies. Catastrófico, não?

Se você gostou de saber um pouco sobre a história da Terra divulgue esta página nas redes sociais. A intenção é que mais pessoas tenham acesso a ciência.

Aguardem que nas próximas semanas estaremos apresentando os outros quatro grandes episódios de Extinção em Massa no planeta Terra. Até lá!

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© 2016 por Rafael Amaral Cataldo

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